1970
Japão
EventoIdiomas disponíveis
Português
Colaborador
Diego Mauro
Reyner Banham, 1976:
A partir da publicação dos resultados desses concursos, a atitude mundial sobre o Japão mudou visivelmente. Os arquitetos já não eram ‘quase insensíveis à emoção'. Míopes, eles (ou ao menos suas revistas) descreviam agora o fracasso do metabolismo em cumprir o que havia parecido prometer, ano após ano, até a Expo '70 de Osaka. Teoricamente, Osaka devia ter sido um décimo aniversário triunfal da tentativa metabolista para conseguir um status mundial, em 1960, mas de algum modo não foi. A boa disponibilidade para a megasestrutura havia mudado e muitas coisas pareciam plagiadas, notavelmente os dois robôs-para-divertir-se, de Isozaki, no Festival Plaza, que eram a versão revista e ampliada, em forma e função, de dois robôs exibidos por Achigram quatro anos antes.
Ainda mais, tudo que a Expo '70 de Osaka trazia de megaestrutura, como a extensa rede espacial articulada, obra de Tange, que cobria a Festival Plaza, agora era considerada como a simples repetição de uma fórmula de Expo que teve seu momento culminante e único em Montreal, três anos antes. Se Archigram havia mudado de forma definitiva a iconografia da megaestrutura, a Expo '67 de Montreal quase esgotou toda a iconografia megaestrutural que efetivamente se podia construir naquele momento, e deste modo, como Archigram, havia alterado definitivamente o conceito em sua totalidade."
Fonte(s): BANHAM, Reyner. Megaestructuras: futuro urbano del passado reciente. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 2001. Pp. 102-103.
<- Voltar