1930
Argélia
ProjetoIdiomas disponíveis
Português
Colaborador
Ceres Martins
Elizabeth D. Harris, 1987 – “Le Corbusier: Riscos Brasileiros”
"Assim, o plano realizava a concepção de Le Corbusier de uma integração arquitetônica com o meio, conforme ele próprio estatuíra em Vers une Architecture, mas em termos antes composicionais que orgânicos. A mesma idéia reapareceria no plano Obus A para a Argélia, em 1930. Le Corbusier desenhou uma rede de estruturas abstratamente encurvada que não levava em conta o terreno em prol da composição; não se notava o menor empenho de organicidade relativamente à paisagem, bem ao contrário do que Mary McLeod asseverou na tentativa de provar, com os planos para a Argélia, o organicismo emergente na carreira do arquiteto. O argumento de Mary McLeod se fundamentava no interesse político de Le Corbusier pelo sindicalismo radical. Outro ponto que contradiz sua análise é que os planos para o Rio de Janeiro e a Argélia foram os únicos dos primórdios da década de 30 a adotar uma integração com a paisagem. Todos os outros projetos de Le Corbusier a partir desse período - como a reurbanização de Genebra, Estocolmo e Antuérpia (1933), e, em especial, o vale do Zlin na Tchecoslováquia (1935) - eram rígidos e inorgânicos como os de São Paulo e Buenos Aires, ainda que esses sítios pudessem, qualquer deles, ensejar um traçado orgânico, se tal fosse a intenção precípua do arquiteto." [p. 36]
Fonte(s): HARRIS, Elizabeth D. Le Corbusier: riscos brasileiros. São Paulo: Nobel, 1987, grifo da autora.
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